Compre as músicas de Stekel em mp3 clicando abaixo:

domingo, 24 de junho de 2007

Relativo e Absoluto



"O Absoluto manifesta-se no relativo. O Absoluto é o Todo; a sua percepção é o relativo. Se somos parte do Absoluto e não o somos in totum, só podemos percebê-lo fragmentadamente, isto é, de forma relativa. Mas relativa a que? A nós mesmos! Cada ser humano, cada célula, cada átomo e cada partícula só possui uma única forma de percepção - a sua - a qual é característica de si e sua nota fundamental. O conjunto de suas percepções perfaz suas "harmônicas", seus tons ou marcas peculiares (sua "impressão digital").
Assim, o Absoluto não é o conjunto de todas as percepções de tudo o que o compõe, mas disto e das percepções que não podem ser percebidas. E como se o Absoluto fosse igual a todas as percepções dos componentes do Todo mais uma que não existe!
Ora, esta última percepção é aquela que o Todo tem de si mesmo como o Todo, e que não pode existir numa parcela em particular. Este agente de percepção é a "causa" deste mesmo Todo, aquilo que alguns preferem chamar de "Deus", apesar de não saberem do que "Ele" se trata ou do que venha a ser constituída a sua natureza. E nunca saberão! Apenas "Ele" próprio. Eis a percepção absoluta!
Isso faz compreender que existe uma interação entre a percepção absoluta (Deus) e as percepções relativas (nós), que são Infinitas. Paradoxalmente, poderíamos definir o relativo como o Infinito e o Absoluto como o Infinito mais Um (a própria percepção absoluta de "Deus" sobre si mesmo, o Todo).
A interação entre as percepções relativas das parcelas do Todo e a percepção absoluta que o Todo tem de si mesmo, é análoga ao holograma: a figura padrão, quando fragmentada, representa, por sua vez, em porções menores, a mesma figura original. Estas porções, na realidade, podem ser consideradas matrizes relativas da realidade absoluta. A fusão entre elas resulta no Absoluto, mas para que assim o seja, este Absoluto deve ter consciência de si mesmo, caso contrário, continuará se comportando como um daqueles fragmentos, padrões matriciais relativos.
Mas, se houver "autoconsciência" em cada um destes padrões relativos, não convertem-se estes em padrões absolutos? Sim. Mas estes padrões têm uma origem, a qual é Absoluta. Tudo o mais é sua manifestação, o que ocorre de forma relativa. Ao que? A si mesma!
Assim, o Absoluto manifesta-se no relativo porque o relativo é a imagem de si mesmo como que refletida por espelhos. Ele o representa, mas não de uma forma absoluta, pois absoluta não é a imagem, mas a coisa da imagem.
Porém, cada imagem espelhada tende a agir exatamente como o original, de forma harmônica. O que faz as ações das imagens espelhadas parecerem diferentes é o fato das variáveis envolvidas serem "relativas a", especificamente, relativas ao próprio original em relação aos espelhos, que nada mais seriam que "proposições de variáveis", que podem ser infinitas.
Assim, em cada parcela do Todo, o próprio Todo está manifestado. Isto é Absoluto (a manifestação). Então, há uma porção absoluta em cada parcela relativa? Sim, a sua origem! As "n" parcelas são interativas e relativas entre si e com o Todo.
Isto é Absoluto. Logo, o Absoluto contém o relativo e o relativo contém o Absoluto." [Mensagem canalizada por Danea Tage em 24/09/1993]

Nenhum comentário: